12/11/2015

Perfeitas Imperfeições


Abri a porta, caminhando sobre a casa de vidro, percebi que pisava sobre rosas vermelhas que ali estavam espalhadas pelo chão.

Pensei em chama-lo pelo nome, mas o som do piano e do violino que tocava era mais agradável que o som da minha voz.

Senti alguém me tocar, quando eu olhei, ouvi o farfalhar do meu vestido no chão, senti meu cabelo ruivo voando com o meu giro, sorri ao vê-lo e ele tocou meu rosto de leve.

Começamos a dançar levemente aquele instrumental doce e harmonioso, senti seu perfume e ele sentiu o meu. Ali, nos braços dele, aquele momento parecia grandioso, realmente era.

Dei conta que tudo aquilo era para mim, para nós dois e, para mais ninguém!

Meu sorriso ficou maior e sinto que ele percebeu, porque me abraçou mais forte e continuamos a dançar. Nem sei quanto tempo dançamos, foi muito tempo, mas não pareceu.

Passou um filme em minha cabeça: desde quando nos conhecemos, cometi tantos erros, minhas velhas manias, meus medos, minha ira desnecessária, minhas birras; eu sei que pensei apenas nas minhas imperfeições, mas é que não dá para entender por que mesmo não sendo perfeita ele ainda me queria assim...

Sim, ele me queria, e muito!!!

Passou a mão em meu rosto e delicadamente começamos a nos beijar, um beijo leve, delicado, cheio de amor.

Amor! Sim, amor! Sim, nós nos amamos! Nos amamos muito! Eu o amo, ele me ama!

Ele me pegou nos braços, começou a me girar, ali em seus braços, vendo o teto girar, não aguentamos mais: começamos a rir, a rir alto, muito alto.

Nesse momento, eu tive uma certeza: ele ama as minhas perfeitas imperfeições.

Nenhum comentário:

Postar um comentário