24/02/2016

Meu Passado me Condena


Oi gente, fiz um post repleto de muita nostalgia, risos e bochechas em vermelho, pois meu passado me condena, e me orgulho dele.
Primeiramente, devo dizer que fiz esse post ano passado, mas não sei por qual motivo não o publiquei, agora devo dizer que a minha inspiração inicial para esse post veio da Victoria do blog Borboletando, que fez um post muito legal sobre ser fangirl nos anos 90. Vale a pena conferir.
Bom, agora vamos ao que interessa!

Que tipo de fã eu era? Devo dizer que moro no interior desde sempre, sendo assim, até 12 anos atrás, nenhuma banda que eu curtia vinha aqui (graças a Deus, as coisas mudaram!), eu era criança, não podia viajar para a capital ou qualquer outro canto desse nosso Brasil varonil, então era muito sofrido e sonhador. Sofria por não poder abraçá-los e sonhava em um dia chegar até eles!
Quem foi a primeira pessoa que eu tietei? Paulo Ricardo! Ainda hoje sou alucinada, arriada os quatro pneus por aquele cara! Entendam tudo isso como: sou muito fã dele e sonho com uma selfie, uma foto tirada pelo site oficial e um autógrafo para guardar para sempre! Pois é, sou exigente quando o assunto é ele, aliás, o RPM inteiro: Deluqui, Schiavon e P.A.
Com o tempo, a menina do interior foi conhecendo e amando muitas bandas de rock, mas, com uma diferença, não me pareciam pessoas que eu pudesse me aproximar, nos meus planos está ir a shows de muitas bandas como Capital Inicial, Paralamas do Sucesso, Titãs... Mas, não tinha essa obsessão como tinha pelo RPM, na verdade, tenho uma obsessão pelo Dinho Ouro Preto que não tinha até 10 anos atrás, louco né?
Eu era muito fã das boybands Hanson e Backstreet Boys e da girlband Spice Girls, bizarro né? Digo bizarro porque em geral eu só escutava rock, mas o que me fazia tentar freneticamente juntar dinheiro e fugir pelo mundo afora era para correr atrás dos shows dessas três bandas, enlouquecida e jogando os cabelos na multidão. O pior é que naquela época minha única forma de conseguir as músicas era ligando para a rádio local e gravar numa fita K7 (crianças e adolescentes de hoje, vocês sabem o que é isso?). As Mels eram as melhores! Babava pela beleza fora do normal delas! E o que era aquele cabelo da Geri, eu pirava para ter um igual!!!! Dos meninos, eu gostava muito das músicas do Hanson, mas não achava nenhum lá essas coisas, eram novinhos e fofos, só. Já os meninos do Backstreet Boys, oh my God! Eu me amarrava no cabelo do Nick (não me julguem!), mas claro que o mais lindo de todos era o Howie, enfim, eu gostava do som dançante dessas bandas, e claro que serem um referencial de beleza ajuda, mas não era isso que me atraia, era realmente o som! Afinal, eu nunca teria a beleza das meninas da Spice Girls (eu estava certa, kkkkkkkkkk) nem muito menos conheceria o Hanson ou o Backstreet Boys algum dia. Para falar a verdade, eles estão bem mais bonitos hoje! Comprar pôsters e recortar fotos para colar no caderno ou parede? A coisa mais comum do mundo, meus cadernos eram cheios de fotos dessas bandas e a parte de dentro da porta do guarda-roupa, adivinhem? Pois é... Mas, como tudo na vida acaba, essas bandas acabaram (e voltaram a um tempo, não que me interesse mais) e eu? Novos artistas para babar!!!!!!!!
Fã Clubes? Inúmeros!!!!!!
Eu fazia parte de um grupinho, não era bem um fã-clube, da dupla Sandy & Júnior! A gente sentava na calçada e ia cantar as músicas deles, eu tinha os cadernos deles e guardava (até na mudança, minha mãe jogar fora), todo ano comprava um, sempre dos dois juntos! Eu não queria saber de comprar o caderno com a capa só de um ou outro, tinha que ser os dois juntinhos e lindos! Aliás, até minha agenda era dos dois! Afinal, “esse turu, turu, turu aqui dentro” era pelos dois! Sabe como que uma música te toca de verdade, foram com as músicas desses dois irmãos que vi que música é sentimento. Porque, confesso, rock era para criticar e questionar tudo a minha volta, minhas boybands e girlband eram para curtir e dançar (pois não entendia a letra, já que não sabia nem “A” em inglês).
Já nos anos 2000, me apaixonei pela banda LS Jack! Era o tipo de banda que eu amava: poprock, letras românticas, nacional (ou seja, eu entendia as músicas), enfim, como não tinha a MTV, eu assistia um programa da Sabrina Parlatore na band chamado ClipMania e roía as unhas durante a semana para saber se no fim de semana minhas músicas favoritas estariam entre as 10 (eram 20 músicas, só que da vigésima a décima primeira era só um trecho). Quando o Marcos Mena, vocalista do LS Jack ficou em coma por causa de um lipoaspiração, chorei horrores, algumas amigas e eu, fazíamos corrente de oração para a recuperação dele! Foi uma festa com direito a bolo, salgadinhos e refri quando ele saiu do coma!
Em meados de 2002 e 2003 surgiram os grupos de boyband e girlband que eu mais aaaaaammmmmmeeeeeeiiiiiii na vida! Meus queridos Rouge e BR’OZ! Sim, eu era louca, doente, obcecada por eles, especialmente pelo BR’OZ (oh my God!) eram gritos histéricos, risos e tudo mais que você pensar, a menina aqui que odeia coreografias, participava de covers do Rouge e sabia todas as coreografias do BR’OZ (menos a capoeira!), marcava ensaios com as amigas e nas festas de aniversário: só dava a gente bailando o zouk e o ragatanga no palco, tinha vááááários fã-clubes! Fiz cartas enormes, estilo rolo de papel higiênico, comprei os CDs (os primeiros da minha coleção), ligava para fãs de outro estado, carteirinha de sócia, fundei uns dois, tínhamos reuniões diariamente, camiseta com o nome do fã-clube, oh tempo bom! Mas, aí veio o pesadelo, primeiro a Luciana saiu do Rouge, quase enlouqueço (eu era ela nos covers), era minha integrante favorita e o grupo perdeu sentido para mim e para minhas amigas que a amavam; depois o BR’OZ acabou e aí foi um tormento: muito chororô, chorava na escola, em casa, na rua, em todo lugar! Eu tinha uns quinze anos e não conseguia me conformar de jeito nenhum! Choramos tanto (uma amiga e eu) que quase fomos internadas. Acho que foi a banda que mais me lembro assim de surtar vendo na TV, gritar até ficar rouca... Confesso, era uma idolatria exagerada por eles, coisa de gente doente e mal-informada! E eu consegui falar com o Jhean por telefone! OMG! Depois o Rouge também acabou!
Depois foi a vez do grupo RBD, mas não era idolatria como o BR’OZ, era uma coisa mais suave, muitas músicas tinham a ver com o momento da vida que eu passava: adolescência, novos amigos, paqueras... Bem mais suave e sem drama!
Em meio a tudo isso, tinha atores que eu amava!!!! Bom, primeiramente, devo dizer que não era muito fã dos atores que a maioria das meninas achava “gostoso” ou essas patacoadas todas! Eu gostava muito, quando criança das Chiquititas: novela, atrizes, atores, músicas, enfim, tudo delas! Na verdade, eu queria ser uma chiquitita! Queria fazer o teste, passar e ir morar lá na Argentina (chorem crianças, a versão de hoje não chega aos pés da de 1997)! Enfim, mais uma vez fita k7, muita dança na sala e no quarto e muita conversa com a pirralhada! Depois, a Daniela Luján, uma atriz mirim mexicana que eu amava, a mulher que trabalhava na casa da minha vó me chamava de Luz Clarita por causa da personagem dela na novela! Na verdade, até uma amiga minha que faleceu me chamava assim! Eu gostava da Dani porque ela era engraçada, fofa e tinha um diário muito maneiro (em outra novela já). Depois, em 2000 e bolinhas, a novela Cúmplices de um Resgate apareceu na TV e aí a loucura começou, primeiro porque me tornei amiga de uma menina que era a cara da Belinda, que eu já era fã de outra novela, depois porque sempre quis ter uma irmã gêmea, depois porque as gêmeas tinham uma banda e a gente fazia cover dessa banda na minha rua. Me inscrevi para ganhar foto, roupa, acessório, qualquer coisa dela numa promoção, mas nada né! Aff! Até o cabelo com mechas vermelhas eu tinha, acredita?
Com o tempo, fui vendo isso de uma outra forma, passei a ser fã de atores que prometiam ser o futuro da TV. Nessa vibe estavam a Mel Lisboa que os jornais diziam ser a nova Fernanda Montenegro, que todos as aspirantes a atriz deveriam ser como ela, se espelhar nela e aprender com ela! Sem contar que ela foi protagonista de minissérie do Maneco! Dessa forma, passei a querer saber tudo dela, assistir tudo, guardar recortes de foto (passava os intervalos da escola na biblioteca recortando fotos de revistas, jornais, tudo que falasse sobre ela! Muito fã! Comprava batom que tinha ela como garota propaganda, comprei caderno...) Hoje não acompanho nada da carreira dela! E o Théo Becker, pois é, quando começou em Celebridade, prometia ser um galã da TV brasileira, um talento fora do comum, enfim, eu me tornei uma grande fã, hoje? Enfim... Depois de A Fazenda, não sei nada desse cara porque, deixa pra lá!
Internacionalmente falando, era louca pelo Leonardo DiCaprio, mas era mais por causa do filme Titanic, tinha caderno dele e tudo mais, mas nada muito doentio, exceção que eu queria que ele se casasse de verdade com a Kate Winslet, porque achava eles dois feitos um para o outro! E brigava com quem não gostava de Titanic ou coisa do tipo...
Essa sou eu! Meu passado me condena, eu era tosca, boba e bem maluca! Falar que algum integrante do BR’OZ era feio ou que eles não cantavam nada eu surtava, xingava, e a minha imaginação era igual à da Lili, a Ex (série da GNT). E meu nome era Maria José Winslet DiCaprio Lisboa Becker Shull, podem gargalhar até a barriga doer agora!
Hoje ainda tenho meus artistas e bandas que curto, mas nada dessa forma. No entanto, estou me expondo aqui, me julguem!

2 comentários:

  1. Maria José, amei o texto! Viajei na parte de esperar a música tocar para gravar na fita K7.... passei muito por isso! Sonhar em ser uma Chiquitita e morar na Argentina também fez parte da minha infância... acho que as coincidências ficam por aqui... teve muito fanatismo da minha parte, mas as bandas foram outras! Meu passado também me condena...rs
    Beijos

    www.casadissima.com.br

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    1. kkkkkkkkkkk
      Que bom saber que por esse Brasil afora tem gente que como eu sonhava em ser uma chiquitita!
      Só fiquei curiosa em saber quais eram suas bandas, conta aí!
      Beijos!

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